Os debates no Online Gaming Summit Brazil – OGS 2019 – seguiram na tarde desta terça-feira, 10 de dezembro. O evento, que reuniu fornecedores, operadores, reguladores e autoridades brasileiras, está tratando do futuro da regulamentação da indústria do jogo no Brasil e apontando as potencialidades da área a curto, médio e longo prazo.
Painel da OSG 2019: Melhores práticas internacionais de regulação: casos de sucesso e desafios
O evento teve continuidade com a fala do CEO da SPORTNCO, Herve Schlosser, que discorreu sobre os pontos positivos do segmento durante sua participação na OGS 2019. “Esse mercado é fantástico porque junta trabalho de marketing, TI e outras capacitações em apenas um lugar”, salientou.
Além disso, ele comentou sobre a faixa etária do usuário, pois em termos de marketing é importante para saber como abordar clientes, bem como mostrou estudos do que pode ou não ser feito (o que dá e não certo), por exemplo, em apostas esportivas a faixa é de adolescente. Quando se refere ao cassino há uma diversificação. “Muitos operadores farão propaganda, mas é preciso tomar cuidado, pois eles em determinado momento abusam”.
Posteriormente, o CEO do Estoril Sol Digital, Rui Magalhães iniciou sua explanação abordando o assunto sobre as estimativas entre 2015 e 2020 e como que o jogo poderia crescer no Brasil. Mesmo a partir de uma previsão conservadora, o segmento poderia chegar ao valor de R$ 43.830 bilhões.
“O ideal seria juntarmos as leis que estão em votação e gerar 15% de GGR, com uma taxa mais baixa no valor bruto para não dar o mesmo problema que temos em Portugal. Espanha e Portugal tem tido crescimento nas apostas online, ano a ano, mas a Espanha cresce mais. Em Portugal temos 70% de GGR. Por isso, temos muito jogo ilegal ainda”, afirmou Magalhães.
Regulamentação das apostas esportivas é debatida na OGS 2019
A parte final do painel da OGS 2019 foi comandado por Pierre Tournier (International director, Betting and Gaming Council). Para Tournier, o processo regulatório das apostas esportivas no território nacional está sendo conduzido de maneira acelerada.
“Os operadores precisam fazer uma avaliação e analisar se ele terá um lucro no futuro. No Brasil, a situação é um tanto quanto preocupante, pois não conseguimos compreender porque o governo está correndo tanto para legalizar. Não tem o porque se apressar. Temos que aguardar com calma para aprovar uma regulamentação certa e melhor”
Ele também se mostrou contrário a forma de taxação planejada para empreendimentos do segmento. “O aprovado no ano passado não foi boa para o Brasil, está errado! Com essa aprovação vai ser impossível qualquer operador ganhar um centavo aqui. Pagar PIS, Cofins, taxa disso e daquilo, nenhuma aguentará”, concluiu.