Grandes clubes de futebol do mundo estão aderindo às criptomoedas

Os tokens ganharam ainda mais relevância entre os times de futebol devido a diminuição dos recursos ao longo da pandemia.

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Grandes clubes de futebol do mundo estão aderindo às criptomoedas

Cada vez mais times de futebol estão anunciando a adesão e o lançamento de criptomoedas que oportunizam que seus torcedores possam interagir em uma série de resoluções da entidade, uma vez que o cenário esportivo está lidando com uma redução nas fontes de renda gerada pela pandemia de COVID-19.

Todavia, os fãs do esportes estão divididos. Conforme a Folha, alguns gostam da forma inovadora de se envolver com os seus clubes e auxiliar nas tomadas de decisões, mesmo que em pontos menores, como a canção executada nos jogos depois de um gol ou nas imagens publicadas nas mídias sociais.

Outros já avaliam os tokens como uma influência superficial que eleva as despesas de acompanhar os seus times favoritos. A lista de equipes que criaram tokens recentemente engloba o campeão inglês, Manchester City, e o italiano, Milan. A seleção da Espanha admitiu que pretende lançar um sistema semelhante, enquanto a Argentina já seguiu a tendência.

Grandes clubes de futebol do mundo estão aderindo às criptomoedas

Os tokens de fãs podem ser colocados a venda em bolsas com outras criptomoedas para gerar repercussão e recursos. E os valores estão suscetíveis às variações significativas do mercado e podem não ter muita relação com a performance da equipe no gramado.

Malcolm Clarke, presidente da Football Supporters ‘Association, representante dos torcedores ingleses e galeses, afirmou que os times estão tentando conquistar dinheiro deixando que os fãs opinem sobre como são gerenciados ou “tentando arrancar dinheiro extra, fazendo pesquisas online de engajamento inconsequentes”, disse ele.

Times europeus fecharam acordos com empresas de criptomoedas

É importante lembrar que os tokens ganharam ainda mais relevância devido a diminuição dos recursos ao longo da pandemia, pois as partidas foram realizadas sem a presença das torcidas. As receitas dos 20 principais times europeus despencaram 12%, 8,2 bilhões de euros, no ano fiscal de 2020, que para a grande maioria das equipes foi o períodos de 12 meses finalizados em junho.

Geralmente, os clubes se aliam a uma organização de tecnologia de criptomoedas que lança os tokens e recebe uma fatia da receita de sua venda inicial. Muitos clubes da Europa fecharam acordos com o Chiliz, que pertence à Mediarex. O time escocês Rangers anunciou parceria com uma plataforma de blockchain turca, enquanto os alemães do Borussia Dortmund se uniram a duas startups.

A Chiliz já criou 20 tokens para torcedores devido a acertos com clubes de futebol. Além disso, a empresa lançou oito com entidades de outras modalidades, como automobilismo e artes marciais mistas.

Esses 21 tokens de capital aberto da Chiliz foram estimados em 260 milhões de dólares em 13 de junho, dois terços acima do fim do ano passado, só que abaixo da metade em comparação com o pico registrado no mês de maio, segundo o pesquisador de blockchain Christian Ott, do site Fantokenstats.