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Prefeitura de Porto Alegre planeja início de operações da loteria municipal em janeiro de 2024

Prefeitura de Porto Alegre planeja início de operações da loteria municipal em janeiro de 2024

Foto: Giulian Serafim / Prefeitura de Porto Alegre

A Prefeitura de Porto Alegre publicou um decreto com as normas para exploração da loteria municipal, em edição extra do Diário Oficial. O próximo passo será a estruturação de um edital de concessão para que um ou mais grupos privados assumam o direito de explorar o serviço. Mas, os jogadores precisarão esperar um pouco para poderem apostar. A previsão é de que a loteria seja lançada apenas em janeiro do próximo ano.

“Não há ainda definições de como será o sorteio, qual o formato, que tipos de jogos serão utilizados, se esportivos ou o tradicional bilhete, se será semanal, quinzenal ou mensal”, explicou o secretário de Modernização e Gestão de Projetos de Porto Alegre, Alexandre Borck.

Agora, a prefeitura avança para as particularidades da loteria, para que possa ser publicado o edital, o que deve ocorrer até maio. A função da prefeitura será fiscalizar e receber os recursos visando repassar os valores, sobretudo, para o transporte coletivo da cidade.

“Uma das coisas é que a loteria tenha todos os tipos de acesso. Desde a aposta em casa lotérica, banca de revista, agente autorizado, até a aposta online no celular como a Caixa Econômica Federal oferece”, esclareceu.

Além da prefeitura, o serviço será fiscalizado por órgãos de auditoria. Segundo o Zero Hora, o grupo que se credenciar necessitará apresentar todas as certificações de segurança para que possa oferecer esse tipo de jogo.

“O que temos certeza é que, hoje, Porto Alegre coloca R$ 100 milhões no transporte público. Sendo exitosa (essa loteria), vamos conseguir aportar mais do que este recurso para que o município tenha uma passagem mais ajustada. Também para que possamos fazer esse trabalho importantíssimo da acessibilidade”, disse Borck.

Em relação à competitividade do setor de apostas, a prefeitura trabalha com três fatores para potencializar a loteria: investimento da concessionária em mídia para promover e estruturação da loteria; cunho social envolvido e o boca a boca entre a população.

“Por isso, nossa preocupação com todos os tipos de acessos. É que nem na Mega Sena, já sabemos que tal dia temos que ir na lotérica ou baixar o aplicativo. Então, dar esse acesso para as pessoas facilita bastante”, concluiu o secretário.

O decreto da loteria municipal

O decreto publicado com as normas para a exploração da loteria de Porto Alegre estabelece que 50% da receita líquida seja repassada para financiamento do sistema de transporte coletivo, 35% para o financiamento de ações e de programas e ao aporte de recursos de custeio da política pública de mobilidade urbana; e outros 15% precisam ser voltados para ações e projetos de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência ou idosas.

O decreto ainda cria um comitê gestor formado por Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET), Gabinete do prefeito, Procuradoria-Geral do Município (PGM), Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) e Secretaria Extraordinária de Modernização e Gestão de Projetos (SECEXMGP).

Somente empresa regularmente constituída, com sede e administração no Brasil, pode ser autorizada para explorar as modalidades lotéricas, de acordo com a lei. A prefeitura, diretamente ou por meio de parceria, concessão ou permissão, necessitará utilizar sistemas de segurança contra adulteração ou contratação dos bilhetes da loteria.

Loteria estadual

É importante ressaltar que o governador Eduardo Leite (PSDB) relançou a Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs) em 2021. Entretanto, o serviço ainda não começou a operar. A expectativa do governo era que loteria atingisse uma receita líquida de R$ 3 bilhões aos cofres públicos no decorrer de duas décadas. O objetivo era liberar os jogos até o final do ano passado, em 9 mil pontos de venda distribuídos pelo território gaúcho.

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