iGaming Brazil

MPF reforça pedido ao STF para proibir atuação nacional das bets da Loterj

MPF reforça pedido ao STF para proibir atuação nacional das bets da Loterj

PGR diz que sistema da Loterj não é transparente. (Imagem: Fachada do prédio da PGR - Agência Brasil / José Cruz).

A legalidade das apostas esportivas online no Brasil gerou novas discussões. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU). Essa ação busca proibir a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) de autorizar casas de apostas esportivas online em todo o país.

A manifestação da PGR, que reforça o pedido feito pela AGU, foi apresentada nesta sexta-feira (25) a pedido do relator da ação, ministro Edson Fachin.

Falta de transparência no sistema da Loterj

Neste cenário, a AGU protocolou a Ação Civil Originária (ACO 3696) no STF. A ação reivindica uma decisão liminar para impedir que apostas credenciadas apenas pela Loterj possam atuar fora do estado do Rio de Janeiro. 

De acordo com a AGU, a legislação em vigor limita a exploração das atividades de apostas a uma atuação regional. Ou seja, cabe apenas à União o controle sobre serviços de loterias em todo o país.

A AGU argumenta que a Loterj permite que apostadores declarem que suas apostas são feitas no Rio de Janeiro. No entanto, falta um sistema confiável de geolocalização que comprove a origem dessas apostas. 

Dessa forma, o que acontece, na prática, é que essa liberação permite que empresas atuem em nível nacional. A manifestação da AGU também cita exemplos específicos.

Estados como Paraná e Maranhão exigem que mecanismos de geolocalização sejam implementados antes de autorizar a exploração de serviços de loterias

Assim, essa exigência é uma tentativa de garantir que as regras de competição permaneçam justas e equitativas entre os estados federais.

Impactos da flexibilização das regras de apostas

A PGR se alinha com a AGU ao afirmar que flexibilizar essas restrições territoriais pode levar a um desequilíbrio federativo. Uma nota técnica da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda afirma que o critério da Loterj representa um “incentivo perverso à competição predatória”. 

Essa perspectiva sugere que, ao permitir a atuação nacional, a Loterj estaria criando um ambiente semelhante a uma ‘guerra fiscal’ entre os estados.

Adicionalmente, a PGR destaca que a atuação da Loterj pode gerar repercussões negativas nas relações inter-estaduais, comprometendo a harmonia do sistema de loterias no Brasil. 

O ministro Fachin avaliará o impacto dessa decisão ao analisar cuidadosamente o pedido de liminar da AGU. A resolução poderá redefinir como a União e os estados regulamentarão e fiscalizarão essas atividades.

Sair da versão mobile