Itália deve liberar patrocínio das bets no futebol

O objetivo principal é abrir uma nova fonte de receita para os clubes.

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Futebol: Itália também deve liberar patrocínio das bets
Foto: Imagens Wiki

O futebol da Itália, um dos maiores e mais tradicionais mercados do mundo, deve voltar a ter patrocínio das bets em um futuro próximo. Foi o que ganhou força na última quarta-feira (5), com a aprovação da resolução do partido da premiê Giorgia Meloni, que visa retomar a publicidade de casas de apostas no futebol do país.

A Comissão de Cultura e Esporte do Senado da Itália aprovou a resolução e o projeto atende ao pedido de instituições e clubes locais. O objetivo principal é abrir uma nova fonte de receita, o que já vem acontecendo em mercados de grande tradição em todo mundo, o principal deles é a Premier League.

Na Inglaterra, as bets já têm cerca de 55% do mercado de patrocínio no futebol. Contudo, a Premier League tende a restringir os acordos com exposição de marcas de jogos na parte frontal das camisas dos clubes em um futuro próximo.

Como as bets podem ajudar o futebol da Itália

De acordo com a resolução, uma parcela anual dos lucros das apostas esportivas será destinada a um fundo que tem o objetivo de promover melhorias no futebol, como a construção de novos estádios e a modernização dos já existentes. Além disso, estimular eventos e congressos que tragam incentivo à todo ecossistema da modalidade.

Essa medida, entretanto, conta com forte crítica da oposição. O texto atual tem como intuito derrubar a proibição imposta em 2018, através do chamado “Decreto da Dignidade”, de autoria do Movimento 5 Estrelas (M5S) e assinado pelo então ministro do Trabalho, Luigi Di Maio.

Conforme o texto atual aprovado pelo Senado, o governo deve “avaliar a modificação” da lei. O principal argumento é de que: “a medida falhou amplamente em atender às expectativas do legislador, não se mostrando eficaz em conter fenômenos de dependência de jogos, ao passo que, em vez disso, resultou em uma redução na receita dos clubes esportivos, o que penalizou o sistema de futebol italiano em comparação ao contexto europeu“, diz o texto.