A Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), deve lançar selo de conformidade voltado para o setor de apostas esportivas. A Abracam, em 2020, criou o selo para o setor de câmbio, agora, o objetivo é expandir.
A informação foi dada pela presidente-executiva da entidade, Kelly Massaro, na abertura do 8º Compliance & Business Day.
De acordo com informações do Valor Econômico, ela comentou ainda que a entidade tem colaborado ativamente com consultas públicas do Banco Central que afetam o segmento de câmbio.
Também existe a proposta de regulamentar o banking as a service (BaaS), que afeta as prestadoras de serviços EFX (Electronic Foreign Exchange, segmento de pagamentos e transferências internacionais digitais). Bem como, no caso da consulta para regulamentação de ativos virtuais.
“Em uma pesquisa interna que fizemos, 50% dos associados planejam trabalhar com stablecoins, mas apenas 6% o fazem no momento. Temos uma tendência de crescimento rápido”, comentou.
Kelly Massaro destacou ainda que entrará em vigor uma nova norma que permite que corretoras de câmbio façam operações de até US$ 500 mil. A norma deve entrar em vigor em julho e aumenta o limite atual que é de US$ 300 mil. “Isso fomenta a competição e colabora para um mercado mais sólido.”
Abracam e Banco Central são a favor de avançar na questão
A diretora de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do BC, Izabela Correa, que também esteve no evento, comentou que o mercado de câmbio, pela própria natureza das operações, tem mais risco em questões de prevenção à lavagem de dinheiro (PLD) e financiamento ao terrorismo (FTP).
Ela destacou que o novo marco cambial trouxe a novidade da abordagem baseada em risco e que é preciso avançar nessa transição.
Ainda assim, a diretora do BC sugeriu que eventualmente alguns ajustes podem ser necessários. Ela explicou como é o processo hoje, em as informações sobre prestadores de EFX só são encaminhadas pelas entidades reguladas ao BC quando são solicitadas.
“Só é possível desenvolver estratégias e ações efetivas de cumprimento adequado das regulações se as áreas de negócios das instituições estiverem envolvidas nessas questões, que as regras também sejam muito bem conhecidas”, pontuou Izabela Correa.