Em resposta às declarações recentes do técnico do Flamengo, Filipe Luís e do ex-jogador Diego Ribas, o jornalista Thiago Asmar, conhecido como Pilhado, direcionou seu comentário no programa Bate-Pronto, desta quinta (17), na rádio Jovem Pan. Pilhado comentou sobre o posicionamento dele quanto às casas de apostas e como o mercado se posiciona dentro da indústria do esporte.
Em vídeos, os dois ex-atletas do Flamengo fizeram uma associação do jogo como sendo a causa de problemas de esquemas de apostas no futebol. Em casos como no suposto caso do jogador Bruno Henrique, do próprio time carioca.
No entanto, de acordo com Asmar, todas as comunicações e propagandas direcionadas para o público são educativas. A própria regulamentação do setor, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2025, exige essas medidas das empresas.
“Hoje, o jogo educa, na grande maioria das vezes. As pessoas sempre falam que é preciso jogar com responsabilidade, sempre falam que é preciso ser maior de 18 anos, hoje em dia, com a regulamentação tem essa obrigação”.
Além disso, o apresentador deixou claro toda a estrutura que existe dentro do ecossistema das casas de apostas no Brasil. “Hoje, eu tenho um patrocinador grande, o programa tem também, e hoje são mais de 60 mil pessoas empregadas pelo entretenimento relacionado às casas de apostas esportivas, no Brasil”.
Além disso, ele relembrou que inúmeros clubes brasileiros são apoiados por empresas desse segmento. Na Série A, todos os times possuem acordos com bets.
“Torcedor precisa entender. Se você hoje tem o seu time mais forte é por conta das casas de apostas. Elas patrocinam também as ligas, as transmissões esportivas, todos são patrocinados pelas casas de apostas”.
Pilhado aponta que o mercado de apostas é novo e ainda está em desenvolvimento
Pilhado ainda alertou para o processo que está no início, uma vez que o mercado regulado é novo. Ele citou ainda o fato de existir uma certa desinformação sobre o funcionamento dos jogos regulados no país.
“Acredito que quem não ganha nada com isso e quer questionar, precisa entender um pouquinho mais sobre essa situação. Quantas pessoas estão empregadas por conta disso, o quanto esse mercado cresceu, o quanto esse mercado investe no futebol brasileiro.
Sobre a comparação feita por Diego Ribas do jogo com o consumo de bebida alcoólica, Pilhado foi incisivo.
“É muito fácil falar de um mercado que ainda é novo e por isso criticado por muita gente, mas o Diego chegou a comparar, e aí eu discordo. Eu acho que a bebida alcoólica é muito mais nociva que o jogo, e todos fazem propaganda de bebida alcoólica, times, ligas, etc. e mais de 3 milhões de pessoas morrem por ano, por causa do álcool”.
Jogo responsável é uma bandeira do mercado regulado de apostas
Para ele também, a questão da educação da população é um ponto muito importante, e o jogo responsável é uma bandeira do mercado regulado no Brasil.
“Acho que precisa sim se educar para o jogo, para que pessoas não percam o que não podem jogando. Mas o jogo como entretenimento, o jogo como uma estrutura gigantesca, que emprega milhares de pessoas e que movimenta muito dinheiro, eu hoje não tenho nada contra”.
Pilhado fala sobre o caso Bruno Henrique
No entanto, sobre o suposto caso de esquema envolvendo o jogador do Flamengo, Bruno Henrique, que está sendo investigado, Thiago Asmar deixou clara a sua opinião sobre o caso.
“Sobre Bruno Henrique, se ele estiver envolvido, o erro é todo dele, todo do caráter dele, não é da casa de apostas.”
E finalizou: “As casas de apostas neste tipo de esquema, ela é a vítima, é bom deixar isso claro”.
Mauro Cezar também comentou sobre o assunto
Integrante da mesma atração esportiva da Jovem Pan, o jornalista e narrador Mauro Cezar também se pronunciou sobre o assunto. Ele escreveu nas redes sociais: “O sujeito pode ser radicalmente contra a existência das casas de apostas, contra a regulamentação das casas de apostas, contra a publicidade das casas de apostas.
O que o sujeito não pode é tentar responsabilizar as casas de apostas porque eventualmente alguém teria tentado ludibriar as casas de apostas, para beneficiar terceiros. E isso independe de a pessoa em questão ser legal, humilde, o que for. Sem hipocrisia, por gentileza”, disse o jornalista.