Proibição dos cassinos não funciona no Brasil, diz senador Irajá

Pesquisa do DataSenado aponta que 6 em cada 10 brasileiros são favoráveis à legalização dos cassinos.

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Proibição dos cassinos não funciona no Brasil, diz senador Irajá
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O senador Irajá (PSD-TO), relator do projeto que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil (PL 2.234/2022), afirmou que a sociedade brasileira está madura para aceitar a operação das casas de jogos sob regras responsáveis. Ele fez a afirmação em Plenário nesta terça-feira (29), e defendeu uma legislação sobre o tema que esteja “alinhada aos desafios de hoje”.

O senador citou também pesquisa do DataSenado, que aponta que 6 em cada 10 brasileiros são favoráveis à legalização dos cassinos. A pesquisa foi feita a pedido do senador.

Em sua avaliação, a sociedade vê o projeto como oportunidade de desenvolvimento e não uma ameaça. Conforme a proposta, também autoriza o jogo do bicho e a aposta em corridas de cavalos, entre outras modalidades de jogos.

De acordo com Irajá, a proibição não funciona. “A atual proibição não funciona, pois 70% dos brasileiros e brasileiras acreditam que ela não reduz a oferta de jogos ilegais no país. Apenas 25% ainda acham que a lei, hoje, consegue conter a prática criminosa do jogo clandestino, do jogo ilegal, dominado pelo crime organizado”, defendeu.

Liberação dos cassinos pode impulsionar turismo no Brasil

No seu entendimento, o Brasil precisa de um novo marco “moderno e responsável” baseado em experiências internacionais bem-sucedidas. Ademais, este movimento pode ser capaz de impulsionar o turismo, atrair investimentos e gerar empregos.

Porém, ele ressaltou que a norma deverá enfrentar a lavagem de dinheiro e o financiamento do crime organizado, além de evitar o endividamento dos jogadores.

Proibição dos cassinos não funciona no Brasil, diz senador Irajá
Senador Irajá (PSD-TO) – créditos: Jefferson Rudy/Agência Senado

Ainda citando os números do DataSenado, ele lembrou que a maioria da população não frequentaria bingos e cassinos, mesmo que fossem legalizados. O parlamentar afastou os “argumentos do medo” sobre as casas de jogos e disse esperar que o Senado analise a matéria com seriedade e critérios técnicos.