A investigação sobre o uso de empresas de apostas online para lavagem de dinheiro (CPI das Bets) terá seus trabalhos prorrogados por 45 dias. De acordo com comissão parlamentar de inquérito, que é responsável pela investigação, a CPI vai funcionar até junho.
O requerimento de prorrogação foi lido na última quarta-feira (30) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e será publicado em breve.
O pedido de prorrogação é uma solicitação do Presidente da CPI, o senador Dr. Hiran (PP-RR). Sem o prazo extra, a CPI teria que encerrar as suas atividades na próxima quarta.
Além disso, por solicitação da relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), Alcolumbre já tinha anunciado na terça (29) que concederia o tempo extra. O prazo de 45 dias havia sido acordado com o presidente da comissão e com as lideranças. a senadora Soraya Thronicke pleiteava uma prorrogação por 130 dias.
Conforme argumento da senadora, em fevereiro as atividades da CPI foram suspensas por 63 dias e que, portanto, precisaria de mais tempo.
CPI das Bets
A CPI das Bets no Senado Federal foi criada com o objetivo de investigar a possível associação das empresas de apostas com organizações criminosas para lavagem de dinheiro. Também, o uso de influenciadores na propaganda dessas atividades e o impacto das apostas online no orçamento das famílias brasileiras.
No relatório final, além de diagnósticos sobre o tamanho do problema e de possíveis indiciamentos, haverá, também, propostas para conter a ludopatia (vício em jogos). O problema tem prejudicado a saúde mental e deixado muita gente endividada. É o que antecipa a relatora da CPI, Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a senadora, legislações de outros países estão sendo analisadas em busca de práticas como biometria facial e outras tecnologias. O objetivo é tornar mais criterioso o cadastro de jogadores e dificultem, por exemplo, o acesso por crianças e adolescentes.