O projeto para liberar cassinos, bingos e jogo do bicho no Brasil, tem texto maduro e já conta com votos necessários para aprovação. De acordo com o relator do projeto, o senador Irajá (PSD-TO), a decisão de colocá-lo para votação agora está nas mãos do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Afirmação foi dada por Irajá em entrevista ao portal Poder360. Na ocasião, o senador mencionou que foi sob a presidência de Alcolumbre que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a proposta.
“Está pronto, maduro para ser discutido e votado no plenário, assim que o nosso presidente Davi entender que o ambiente está apto para votação”, declarou.
Além disso, Irajá disse estar disposto a conversar com a bancada evangélica, uma das forças opositoras à liberação dos jogos. Também, fazer uma mobilização caso o texto seja pautado.
Para ter esse apoio, ele comentou também sobre a possibilidade de mudanças no texto. “Estou aberto ao diálogo, inclusive, com a bancada evangélica, que tem tido uma posição muito firme, contrária à aprovação dessa matéria. Acredito no bom senso”, falou.
De acordo com o relator, estima-se que a legalização levará R$ 22 bilhões de impostos para os cofres públicos e duplicará o número de turistas no país, de 6 milhões para 12 milhões ao ano.
Senado Irajá explica relação do PL dos Cassinos com o jogo responsável
Na entrevista, quando perguntado sobre as questões relativas ao vício nos jogos e apostas esportivas, bem como nos cassinos, o relator Irajá comentou sobre o que o texto destaca.
“Dos 38 países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas a Islândia ainda não aprovou o jogo responsável. Se levar em conta o G20, que são as 20 maiores economias do mundo, apenas o Brasil e a Indonésia não legalizaram”, disse.
Sob um olhar direcionado para América Latina, ele comentou. “Se olhar para a América do Sul, de 13 países, apenas o Brasil e a Bolívia não tiveram coragem de fazer esse enfrentamento. Não pode estar o mundo todo errado e só nós certos, assistindo todos esses países se desenvolverem do ponto de vista econômico, social”.
“Estou particularmente convencido de que temos o número suficiente para aprovar essa matéria. O Brasil, que ocupa a 50ª posição no turismo internacional, não pode ficar assistindo de camarote e se dar ao luxo de não aproveitar essa grande oportunidade de geração de emprego, de renda e de impostos”, finalizou.