Mara Hoffmann alega que ganhou R$ 201,9 milhões na Mega-Sena. No entanto, a loteria não registrou a aposta. Conforme Mara alega, a funcionária que a atendeu na loteria não teria registrado a aposta supostamente vencedora da Mega-Sena em 28 de setembro de 2022.
O caso aconteceu em São Bento, município paraibano que fica a 294,1 km da capital João Pessoa. De acordo com informações do portal Metrópoles, a empresária, proprietária de uma ótica, acionou a justiça uma vez que alega ter feito a aposta em uma casa lotérica, no entanto, por um erro da atendente o jogo não foi registrado corretamente.
Mara teria jogado na Mega-Sena, na Quina e na Lotofácil. Apesar disso, no lugar da aposta da Mega-Sena, a atendente teria passado duas vezes a da Quina e grampeado o respectivo comprovante. Mara, no entanto, só teria notado o erro pouco antes do sorteio, quando já estava em casa.
Sorteio da Mega-Sena ocorreu em setembro de 2022
No concurso 2524, de 28 de setembro de 2022, jogou as seguintes dezenas: 03, 20, 22, 23, 37, 41 e 43. Nenhuma aposta registrada acertou todos os números – Mara, portanto, seria a única vencedora da Mega-Sena. Além disso, ela também jogou na Quina (04, 23, 38, 53 e 58) e na Lotofácil (04, 06, 08, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 22 e 25).
Diante do suposto erro, um dia após o sorteio da Mega-Sena, a dona de ótica teria retornado à lotérica. Lá, conversado com a gerente e visto as imagens das câmeras de segurança, que, segundo a empresária, atestaram o erro da funcionária ao não registrar o bilhete supostamente ganhador. Uma cópia dessa filmagem, porém, não teria lhe sido concedida.
Mara, então, acionou o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) em 30 de setembro de 2022 para ter acesso às imagens e aos dados das apostas. Na visão da defesa, que consta no processo, seria uma produção antecipada de provas para comprovar os fatos. A empresária também registrou boletim de ocorrência.
Justiça acata pedido, loteria contesta
A Justiça paraibana acatou a solicitação em 1ª instância em fevereiro passado. Apesar disso, a loteria contesta os fatos e, por isso, recorreu da decisão. De acordo com a defesa, as imagens das câmeras de segurança não estão mais disponíveis porque são apagadas a cada 6 meses. Assim, trataria-se de uma produção impossível de provas.
Constam imagens dos bilhetes da Mega-Sena, da Quina e da Lotofácil de Mara no processo. Enquanto a optometrista usa essas imagens para provar a própria versão dos fatos, a lotérica rebate:
“Ao se observar a forma como foi grafada e marcada as apostas no espelho da aposta, vemos que justamente a da MEGA-SENA é diferente das outras, deixando claro que foi feito posteriormente. Outro fato interessante é quando vemos o local onde foi grampeada a aposta, nas apostas realizadas vemos que foram grampeadas na lateral de cima do lado esquerdo, e justamente na da MEGA-SENA, se destacou o espelho original, se colocou um feito posteriormente e se grampeou no centro do bilhete”, sustenta a defesa do estabelecimento.
O valor pago pelo bilhete também é questionado. “Por fim de forma a arrematar o aqui aduzido, se materializa no valor da aposta, pois segundo o espelho da MEGA-SENA anexado, vemos que foram marcados 07 números, assim sendo, só esta aposta seria R$ 31,50. Diferente dos R$ 11,00 cobrados, referente a todas as apostas realizadas”, complementa.
Sobre o sorteio da Mega-Sena
À época, o prêmio de R$ 201,9 milhões era considerado um dos maiores da Mega-Sena, próximo ao da Mega da Virada de 31 de dezembro de 2020. Como ninguém acertou as seis dezenas, o montante acumulou pela 14ª vez consecutiva.
Conforme a Caixa, houve 404 apostas ganhadoras da quina (cinco acertos), no valor de R$ 43.914,62, na data. Outros 30.194 jogos fizeram a quadra (quatro acertos) e receberam R$ 839,40.
