A Liga Inglesa de Futebol (EFL) solicitou ao governo do Reino Unido para não proibir acordos de patrocínio entre clubes de futebol e marcas do setor de apostas.
O pedido ocorre depois da publicação das conclusões de um comitê da Câmara dos Lordes, criado para examinar o impacto social e econômico do setor de jogos.
O relatório indicava o banimento dos patrocínios esportivos envolvendo assim, empresas de jogos como uma medida para reduzir os danos relacionados.
Posição da Liga Inglesa de Futebol
No entanto, a EFL e seus clubes podem ser particularmente vulneráveis a isso, dada a dependência desse tipo de parcerias. Afinal, os direitos de nomenclatura (Naming Rights) da Liga de Futebol são pertencentes à Sky Bet até 2024, bem como, 17 dos 24 clubes do campeonato contando com acertos com marcas de jogos de azar.
Em comunicado, a EFL destacou o impacto do surto de Covid-19 na saúde financeira das equipes como uma razão para não remover essa opção de patrocínio. “A pandemia da Covid-19 representa talvez o maior desafio para as finanças dos clubes da EFL em sua história”.
A nota segue: “Com mais de 40 milhões de libras (44,5 milhões de euros) por temporada paga pelo setor de apostas à Liga e seus clubes, a contribuição significativa das empresas de jogos para a sustentabilidade financeira contínua do futebol profissional em todos os níveis é tão importante agora, quanto jamais havia sido”.
Governo quer reduzir patrocínios de apostas no Reino Unido até 2023
O relatório do comitê da Câmara dos Lordes recomendou que as restrições não devam entrar em vigor para clubes abaixo da Premier League até 2023. A principal conclusão, porém, foi que “não deveria haver publicidade de jogos de azar em campo de jogo ou instalação esportiva, incluindo programas esportivos”.
A revisão da Câmara dos Lordes seguiu o compromisso que o governo assumiu em 2019 de revisar assim, a Lei do Jogo de 2005, em meio a um projeto de redução do jogo no Reino Unido.
Vale pontuar que a nota oficial da Liga Inglesa de Futebol chega a citar que poderia trabalhar com o governo para diminuir o jogo, mas reiterou sua oposição a uma proibição generalizada de patrocínios do setor.