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Copa do Mundo 2022 deve registrar mais de R$ 185 bilhões em apostas esportivas

Copa do Mundo 2022 deve registrar mais de R$ 185 bilhões em apostas esportivas

As apostas esportivas viraram parte do dia a dia dos aficionados por futebol durante a Copa do Mundo 2022. A publicidade das casas de apostas estão em todas as plataformas: TV, camisas de times, influenciadores, jogadores, entidades esportivas, além das mídias sociais.

Segundo um estudo do banco multinacional Barclays, o Mundial do Catar registrará um total de US$ 35 bilhões (R$ 186 bilhões) em apostas esportivas. É um valor aproximadamente 65% superior à Copa da Rússia, em 2018.

Também foi realizada uma estatística de que, deste montante, US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões) serão apostados apenas na final, mais US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) por jogo nas oitavas, quartas e semifinal, e US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) em cada duelo da fase de grupos.

Um dos fatores para esses números estratosféricos, captados também pela empresa de inteligência de apostas H2 Gambling Capital, se refere ao fato da Copa no Catar ser o primeiro evento esportivo global desde o fim das restrições às apostas esportivas nos Estados Unidos. Mas não é somente essa a única razão para o aumento na quantidade de apostas, segundo especialistas ligado às casas de apostas no país.

Para Darwin Filho, CEO da Esportes da Sorte, a visibilidade gerada pelo crescimento do marketing promovida pelas empresas de apostas colabora para o aumento da popularidade do negócio no Brasil. A Copa do Mundo é e sempre foi sinônimo de paixão mundial e entre os brasileiros.

“Acontece que, em 2022, deparamo-nos com um mercado de apostas nacional muito mais maduro, com mais divulgação, mais concorrência, plataformas com mais facilidades, mais interativas, além da instantaneidade nas transações financeiras com o advento do pix, que acabou sendo o cenário perfeito para o grande aumento desse mercado como verificado em nosso país”, explicou.

Segundo o executivo de Esportes da Sorte, a propaganda ainda desempenha um papel essencial na consolidação do segmento. “Além de divulgar as diversas casas que operam em nosso País, ajudam a popularizar e dar credibilidade ao negócio. A meu ver, estamos apenas tocando a ponta do iceberg. Segundo estimativas de conceituados conglomerados de apostas, o mercado do Brasil tem potencial para ser Top 3 no segmento no mundo”, acrescentou.

O setor de apostas do Brasil deve alcançar um total de R$ R$ 9,8 bilhões ao final deste ano, com uma previsão de R$ 12,5 bilhões em 2023. Também no Brasil, a Copa do Mundo do Catar já é o evento com maior número de apostadores em 2022, ultrapassando as finais da Libertadores e da Liga dos Campeões.

“É um mercado que se tornou mais consolidado e ganhou o conhecimento do público em geral. Durante a pandemia, com as pessoas em casa, e com a chegada do PIX, além do merchandising das casas, alcançou uma notoriedade antes jamais vista. Tudo isso contribuiu, além de opções cada vez maiores não apenas na esfera esportiva, mas também do entretenimento”, opina Hans Schleier, diretor de marketing da Casa de Apostas.

Foto: Agência Brasil

Marcos Sabiá, CEO de operações do galera.bet, também ressaltou que a Copa foi o primeiro evento esportivo global desde o fim da pandemia e das restrições às apostas. “Dentre as modalidades esportivas, o futebol ainda é o esporte que recebe o maior número de apostas e a tendência é que esse crescimento continue. Outro ponto importante é que a Copa no Catar aconteceu no final do ano e no meio da temporada europeia, algo inédito”.

“O futebol continua borbulhando nos grandes campeonatos. E na pandemia as apostas online ganharam mais visibilidade, as pessoas tiveram que se adaptar a uma rotina diferente e mantiveram o distanciamento social. Isso fez com que buscassem novas formas de se divertir em casa pelo digital, o que incluem as apostas esportivas. O desenvolvimento da tecnologia também é outro fator que torna o acesso mais prático”, complementou.

Entretenimento

Considerada a maior empresa de tecnologia e provedora de jogos do mundo, a Playtech publicou uma nova edição de seu Relatório de Jogo Responsável na América Latina para analisar o cenário atual de apostas online.

Uma pesquisa da Zion Market Research projeta que os sites de apostas esportivas movimentem entre R$ 7 e R$ 10 bilhões por ano, incluindo não apenas as apostas esportivas, mas outros tipos de apostas online.

Embora as apostas em futebol sejam as mais significativas entre os brasileiros, o levantamento mostrou que 55% dos apostadores se divertem apostando em entretenimento. A pesquisa entrevistou 2.500 pessoas em cinco países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru. O intuito era analisar as categorias de apostas favoritas do público e os tipos de apostas mais incomuns que já fizeram.

Para além das apostas em entretenimento, como premiações, reality shows e novelas, os esportes virtuais (como simulação de jogo de futebol, corridas de cavalo etc) estão em terceiro lugar com 52% da preferência. Em quarto, com, 48%, estão os eSports (competição de jogos online) e, em quinto lugar, movimentações políticas, com 20% da preferência do público.

Jogo responsável

Vale destacar que a plataforma galera.bet, patrocinadora da CBF por meio do Campeonato Brasileiro masculino e feminino, é uma joint venture da Playtech, empresa de tecnologia e provedora de jogos. As duas companhias apresentam entre as suas missões promover o jogo responsável, a criação de um ambiente seguro para seus jogadores e o apoio ao esporte.

A pesquisa da Playtech também apontou os tipos de apostas mais incomuns realizadas pelos brasileiros. De acordo com a empresa, 35% já apostaram em jogos de sinuca, 29% em reality shows, 26% em Fórmula 1, 16% em partidas de tênis, 14% em dardos (categoria de aposta mais comum em países da Europa, como Inglaterra), 12% em natação, 10% em atletismo, 9% em beisebol e rúgbi e outros 7% em partidas de softbol.

“É interessante para a indústria de apostas criar e oferecer uma diversidade de tipos de jogos com foco no entretenimento do público brasileiro, cujo interesse no segmento torna o mercado pulsante e muito promissor”, explica Francesco Rodano, Chief Policy Officer da Playtech.

Pensando nos usuários que aderem a esse tipo de entretenimento online, é fundamental destacar a relevância do apoio e da criação de tecnologias visando proteger os apostadores. “A Playtech se dedica para que cada vez mais os brasileiros, especialmente aqueles mais vulneráveis e com comportamentos de risco, estejam protegidos pelas ações de jogo responsável”, acrescenta.

Sobre este tema, a empresa também projetou em sua pesquisa que metade dos brasileiros (46%) se consideram jogadores responsáveis quando o assunto são apostas online; 45% acreditam que são responsáveis porque as apostas não impactam diretamente sua vida cotidiana.

Em contrapartida, 4% acreditam que seus hábitos de jogo podem estar se tornando problemáticos, 3% não sabem o que é jogo responsável, 1% tem certeza de que seu comportamento de jogo é arriscado e 1% não sabe dizer como se identifica.

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