A CPI das apostas esportivas da Câmara dos Deputados que apura a manipulação de resultados de jogos de futebol reúne-se nesta terça-feira, 22, para debater interferências na arbitragem com o presidente do Conselho de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Luiz Seneme.
Ele foi convocado a pedido do deputado licenciado Yury do Paredão (CE), e dos deputados Luciano Vieira (PL-RJ), Beto Pereira (PSDB-MS), Danilo Forte (União-CE), Mersinho Lucena (PP-PB).
Lucena destacou o seguinte: “A conduta dos árbitros é capaz de influenciar diretamente nos resultados das partidas e na concretização dos lances de apostas. Nesse sentido, a análise de suas posturas é de suma importância para averiguar a existência ou não de manipulações nos jogos de futebol”.
Os deputados acreditam que o convidado poderá fornecer informações valiosas sobre os protocolos seguidos pelos árbitros, além de treinamentos e avaliações desses profissionais.
A audiência será realizada no plenário 10, às 14 horas.
Confira a pauta desta terça-feira
Audiência Pública
Tema: Interferências na arbitragem: protocolos e controles
Convidado: WILSON LUIZ SENEME, Presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol – CBF
(REQs 30, 95, 115 e 218/23) – (confirmado).
(Requerimento nº 30/2023, do Dep. Yury do Paredão)
(Requerimento nº 95/2023, do Dep. Beto Pereira)
(Requerimento nº 115/2023, do Dep. Mersinho Lucena)
(Requerimento nº 218/2023, do Dep. Danilo Forte)
Sobre a CPI das apostas esportivas
Presidida pelo deputado Julio Arcoverde (PP-PI) e relatada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), a CPI das apostas esportivas foi instalada em 17 de maio a partir de investigações feitas pelo Ministério Público de Goiás que levantaram suspeitas de manipulação no resultado de quatro jogos da série B.
Os parlamentares acreditam que as irregularidades também tenham sido cometidas em partidas de outras séries, inclusive na elite do futebol brasileiro no ano passado. Diversos jogadores já foram punidos na justiça desportiva com multas, suspensões e banimentos.
De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o prazo de funcionamento do colegiado foi prorrogado por mais 60 dias na última semana.