Regulamentação das apostas esportivas é abordada por dirigente do Flamengo

Segundo o vice-presidente geral e jurídico do time, Rodrigo Dunshee, é essencial que os clubes participem do processo.

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Regulamentação das apostas esportivas é abordada por dirigente do Flamengo
Regulamentação das apostas esportivas é abordada por dirigente do Flamengo. Foto: Diogo Dantas

Com a regulamentação das apostas esportivas se aproximando cada vez mais, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, usou seu Twitter para se posicionar após a manifestação da CBF e dos grandes clubes do Rio de Janeiro e São Paulo.

O dirigente do Flamengo publicou o seguinte: “Essa semana ficou claro que os clubes querem participar do processo que regulamentará as apostas desportivas no Brasil. O jogo só pode funcionar no país se o governo regular. Mas não basta isso, a nosso ver. As apostas se dão sobre nossos eventos esportivos, se utilizam de nossas marcas, símbolos, imagens, etc… além disso, é nossa atividade que fica sujeita aos riscos colaterais maléficos”.

“Precisa valer a pena para os clubes, senão podemos chegar à conclusão de que não interessa. Me causa certo espanto ouvir algumas pessoas dizendo que o governo poderia canibalizar as marcas dos clubes contra a vontade deles, dando isso de graça para empresas de apostas. Estamos em 2023, isso não existe mais. Hoje vale o ganha-ganha e temos certeza que vamos chegar a um bom termo”, completou Dunshee.

CBF deseja maior participação nos lucros gerados pelas apostas esportivas

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou suas demandas ao Ministério da Fazenda para mudanças na medida provisória das apostas esportivas no Brasil. A entidade está buscando aumentar sua participação nos lucros gerados pelas apostas, propondo que o percentual destinado às entidades esportivas que permitirem o uso de suas marcas por casas de apostas passe de 1,63% para 4% da receita bruta.


Além disso, a CBF quer que o pagamento financeiro seja reconhecido como uma remuneração pelo uso das marcas de clubes e campeonatos, e não um repasse de dinheiro público, o que evitaria fiscalizações por parte de órgãos públicos.

O movimento da CBF segue o posicionamento adotado pelos principais clubes de São Paulo e do Rio de Janeiro, que também desejam uma participação maior no processo.

Clubes querem participar do processo de regulamentação

Em uma nota conjunta, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, expressaram preocupação com a proximidade da regulamentação das apostas esportivas por medida provisória, em virtude da importância das empresas do setor para suas receitas de marketing.

Além disso, os times desejam ser consultados e ter espaço para propor melhorias na regulamentação. Vale destacar que a maioria dos clubes do Brasileirão 2023 e da Série B já possui parcerias com marcas de apostas esportivas.