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Regulamentação das apostas esportivas: somente 15% das casas de apostas irão ‘sobreviver’

Regulamentação das apostas esportivas somente 15 das casas de apostas irão 'sobreviver'

Regulamentação das apostas esportivas somente 15 das casas de apostas irão 'sobreviver'. Foto: Reprodução

A regulamentação das apostas esportivas, em vigor desde julho, provavelmente terá efeitos significativos sobre as operações das casas de apostas.

O Brasil abriga aproximadamente 500 dessas empresas, mas, de acordo com uma pesquisa conduzida pela Hand – uma assessoria independente e especializada na venda, compra e gestão de empresas – apenas 15% delas terão recursos financeiros suficientes para manter suas operações.

José Venâncio, sócio da Hand, disse:“Estimamos que cerca de 15% das empresas atuais terão a capacidade financeira para se adequar a essa nova realidade regulatória”.

Vênancio destaca ainda que, enquanto o mercado global de apostas registra um crescimento de cerca de 10% ao ano, o mercado brasileiro está apresentando taxas de crescimento superiores a 90% no mesmo período.

“Isso nos leva a crer que, em um futuro próximo, o mercado de apostas no Brasil poderá representar até um quinto do faturamento mundial”.

Nesse contexto, as empresas que não dispõem da estrutura e dos recursos financeiros necessários para se ajustarem à legalização provavelmente serão incorporadas, o que, de acordo com a análise da Hand, deverá contribuir para a consolidação do mercado de apostas no Brasil.

Regulamentação de apostas esportivas

A regulamentação das apostas esportivas está gerando conflitos entre dois ministros do governo brasileiro: Fernando Haddad (PT-SP), responsável pelo Ministério da Fazenda, e André Fufuca (PP-MA), recém-nomeado para a pasta do Esporte.

Desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro, Haddad lidera as iniciativas relacionadas à criação do projeto que visa regulamentar o setor de apostas no Brasil.

Foto: Andre Penner/AP

Nos últimos meses, esse grupo de trabalho esteve em diálogo com figuras de destaque no mercado, estabelecendo acordos que visam beneficiar tanto o governo federal quanto o setor em questão.

No entanto, o Centrão insistiu em ter um Ministério do Esporte reforçado como parte das negociações políticas.

Uma das condições para garantir o apoio do PP na base aliada foi a inclusão das apostas esportivas sob a alçada do Ministério do Esporte.

Representantes da indústria de apostas entraram em contato com Fernando Haddad para expressar sua oposição à transferência de responsabilidades para Fufuca.

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