Diretor do COB explica como a loteria ajuda os atletas olímpicos brasileiros

Em 2023, essa contribuição alcançou R$ 225 milhões.

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Diretor do COB explica como a loteria ajuda atletas olímpicos brasileiros
Imagem: COB / Wander Roberto

Você sabia que toda vez que tenta a sorte na loteria como a Mega-Sena ou a Quina, está contribuindo para o sucesso de atletas brasileiros? Isso ocorre graças à Lei Agnelo Piva, que destina 1,7% das apostas para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o “Movimento Olímpico”.

Em 2023, essa contribuição alcançou R$ 225 milhões, ajudando a financiar a jornada de muitos esportistas rumo aos Jogos de Paris 2024.

COB tem, além da loteria, outros 21 patrocinadores

Gustavo Herbetta, Chefe de Marketing do COB, explicou como esse dinheiro é utilizado no programa Negócios do Esporte. Herbetta destacou que, desde maio de 2022, o COB busca reduzir a dependência dos recursos provenientes da loteria.

“O COB é uma empresa, mas é uma entidade que recebe recursos públicos. É um recurso valioso, um valor considerável. Mas a gente tem essa estratégia para a balança ficar equilibrada entre recurso público e recurso privado. Hoje, a gente está falando em algo em torno de 80%-20%”, disse Herbetta.

Atualmente, o COB conta com 21 patrocinadores, o que aumentou a receita do comitê em 250%. Mas Herbetta ressaltou que, mesmo com a predominância do futebol na audiência, o COB conseguiu criar um programa atrativo para as marcas. 

“Por mais que o futebol tenha uma predominância no que diz respeito a audiência, hoje a gente conseguiu organizar um programa que as marcas entendem os valores, pontos negativos e positivos. E eles perceberam um crescimento nos resultados. Ou seja, o produto tem uma aceitação gigantesca no mercado.”

Programa beneficia atletas de elite e categorias de base

Assim, os recursos do COB beneficiam desde atletas de elite, como a ginasta Rebeca Andrade, até jovens em categorias de base. O comitê oferece apoio financeiro direto aos atletas e acompanha de perto seu desenvolvimento. 

Um exemplo é o trabalho conjunto com a Confederação Brasileira de Ginástica, que compartilha o centro de treinamento com o COB. Além disso, a distribuição de recursos considera a governança das 29 confederações brasileiras de modalidades olímpicas. 

“Dentro dessa receita do comitê, 80% é repassado através desses critérios, não só de performance esportiva, mas de gestão ética e transparência que as entidades precisam cobrir para que o COB repasse o percurso”, explicou Herbetta.

Portanto, a parceria entre o COB e as loterias é crucial para o desenvolvimento dos atletas brasileiros. Com uma estratégia e apoio de patrocinadores, o Comitê Olímpico Brasileiro continua a fortalecer o esporte no país, garantindo que talentos tenham a chance de brilhar.