Associações de bets solicitaram ao Ministério da Saúde uma reunião para discutir um acordo de cooperação técnica. O objetivo é envolver também a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda na prevenção do vício em jogos no Brasil.
A iniciativa foi liderada pela ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias), que representa plataformas como Betnacional, Aposta Ganha e Sorte Online. A Aigaming (Associação Internacional de Gaming) e a ABRAJOGO (Associação Brasileira dos Operadores e Provedores Internacionais de Jogos) também participaram.
Associações de bets miram na saúde mental
O pedido foi encaminhado à ministra da Saúde, Nísia Trindade, e aos secretários Régis Dudena e Giovanni Rocco Neto. Direcionaram também a Sônia Barros, diretora do Departamento de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
As empresas estão sob pressão por conta de possíveis impactos nocivos à saúde mental e ao endividamento dos apostadores. Dessa forma, a proposta visa abordar essas questões de forma estruturada.
O acordo sugerido tem quatro metas principais:
- Pesquisa sobre o perfil dos apostadores. Levantar dados sobre padrões de jogo, comportamento e transtornos relacionados ao vício. Assim, o estudo contaria com a validação técnica do Ministério da Saúde.
- Inteligência artificial no monitoramento. Implementar um sistema em tempo real para identificar padrões problemáticos e atividades suspeitas.
- Protocolo de indicadores de jogo responsável. Criar um conjunto de diretrizes para que operadores monitorem suas plataformas com maior rigor.
- Grupo de trabalho interinstitucional. Reunir representantes das associações e órgãos governamentais para padronizar os indicadores de monitoramento.
Prevenção e monitoramento no centro da proposta
As associações de bets também sugeriram diretrizes regulatórias para criar um sistema nacional de monitoramento de jogo problemático. Então, indicaram a identificação do perfil de risco dos apostadores e restrições unilaterais nas contas dos identificados como problemáticos.
Essas restrições incluem:
- Limitações nos valores de depósito.
- Bloqueio de apostas em determinadas condições.
- Suspensão de bonificações.
Portanto, com essa iniciativa, as associações buscam criar um ambiente mais seguro para os usuários de plataformas de apostas. Ou seja, a ideia é alinhar interesses comerciais à responsabilidade social, reduzindo os danos causados pelo jogo descontrolado.
