O julgamento que envolve o meia Lucas Paquetá, do West Ham, crucial para o futuro de sua carreira, não terá uma conclusão antes de junho. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (7) pelo The Guardian.
Diante desse cenário, a audiência, que teve início em 17 de março, tinha um prazo inicial de três semanas para a divulgação do resultado.
No entanto, Paquetá enfrenta acusações da Federação Inglesa (FA) de envolvimento em um esquema para favorecer apostadores em jogos da Premier League. Em contrapartida, o jogador brasileiro nega categoricamente todas as acusações.
Ainda de acordo com a publicação, a complexidade do caso impediu a conclusão dos procedimentos dentro do prazo estabelecido.
Além disso, os advogados envolvidos terão outros compromissos, o que levou ao adiamento do julgamento. Por causa disso, o caso ganhou mais tempo para ser concluído.
Entenda o caso
Paquetá enfrenta acusações de quatro violações da Regra E5.1 da FA, relacionadas à sua conduta em jogos do West Ham. Sendo assim, as partidas em questão são contra:
- Leicester, em 12 de novembro de 2022,
- Aston Villa em 12 de março de 2023,
- Leeds United em 21 de maio de 2023,
- Bournemouth em 12 de agosto de 2023.
Ademais, Lucas Paquetá enfrenta duas novas acusações, o jornal inglês The Sun reportou que ele teria utilizado outro telefone enquanto a FA mantinha a posse do celular “original” do atleta.
Consequentemente, após a devolução do celular, o brasileiro teria descartado o celular “reserva”. Nesse sentido, essa ação pode ser interpretada como obstrução na investigação e resultar em dois agravantes na denúncia.
Em sua defesa, Lucas Paquetá declarou: “Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude.
Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários”.
Possíveis punições a Lucas Paquetá
A FA não especifica as faixas de sanções para violações da regra E5.1 em seu livro de regulações disciplinares. Entretanto, em casos de uso de informação privilegiada para apostas, as punições podem variar de multa e suspensão de seis meses até o banimento definitivo do futebol.
Se punido, Paquetá pode recorrer na FA e, depois, na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A colaboração dele na investigação pode atenuar a punição, considerando o histórico da FA em casos semelhantes. Dessa forma, ele pode terminar a temporada inglesa pelo seu clube.