Menos provedores, mais qualidade: A nova vitrine dos cassinos online no Brasil

O Mega Dice é um exemplo de plataforma que conseguiu manter sua oferta de slots certificados.

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Menos provedores mais qualidade A nova vitrine dos cassinos online no Brasil
Imagem: Freepik

O início de 2025 marcou muito mais do que um novo ano. Para o setor de iGaming, deu origem a um mercado de jogos online plenamente regulado, sob a Lei 14.790/23 e de portarias consecutivas da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA/MF). Quatro meses depois, o setor já exibe números superlativos, foram 5 bilhões de acessos a plataformas de apostas apenas no 1º trimestre.

Em outras palavras, 650 visitas por segundo. No entanto, também houve um enxugamento na oferta de títulos. Nesse ambiente de alta competição, o portfolio era um dos principais pontos de diferenciação entre as plataformas. Mas os operadores tiveram que se reposicionar em suas práticas de compliance para atender integralmente às exigências brasileiras.

Reformulação do portfólio após a Lei 14.790

Um levantamento recente sobre integrações de conteúdo mostra que o número de estúdios com presença mínima (1 a 5 operadoras) despencou 59%, caindo de 208 para 86, enquanto os fornecedores plugados em 10 a 13 operadoras dobraram de dois para quatro. O recado é claro: só sobreviverá quem conseguir recertificar jogos.

Além de, claro, exibir paytables em português a cada sessão e oferecer documentação detalhada, tudo dentro dos prazos dados pela SPA. O Mega Dice é um exemplo de plataforma que conseguiu manter sua oferta de slots certificados. Priorizando títulos de estúdios como Pragmatic Play e Red Tiger (presentes em mais de dez operadores locais) e removendo games que ainda aguardam validação.

Para o usuário, isso significa biblioteca menor, porém mais segura, com RTPs auditados e descritos em linguagem acessível. Isso também faz com que o compliance vire um diferencial competitivo. Segundo a Portaria SPA/MF 817/2025, toda comunicação de crupiês em salas ao vivo deverá ser feita em português a partir de julho.

Outra mudança de peso é o pagamento em até 120 minutos, teto regulamentar, via Pix. Algumas plataformas estão implementando sistemas de verificação facial, atualmente em fase final de testes entre os membros do IBJR, para liberar saques sem burocracia e, ao mesmo tempo, coibir múltiplas contas.

Segundo Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas, ao comentar a agenda regulatória relatou que as novas regras não travam o crescimento, elas filtram quem está disposto a jogar segundo as melhores práticas.

Dados de mercado: Queda de provedores, salto de receita

Embora 122 provedores não tenham passado pelo crivo regulatório inicial, o número de operadoras autorizadas cresceu de 150 em janeiro para 170 em março. Já a fotografia de produto revela outra tendência: apostas esportivas devem representar 55% do GGR brasileiro em 2025, contra 27% dos slots e 6% dos jogos de cassino ao vivo, de acordo com estudo da H2 Gambling Capital publicado pelo portal Games Magazine Brasil.

Além dos percentuais, o faturamento também impressiona. Projeções do Ministério da Fazenda estima que o mercado movimente R$ 29 bilhões em 2026, reforçando o apetite de players pelo potencial local. Com a curadoria enxuta, o jogador encontra menos de mil slots, contra mais de 2 mil antes da regulamentação.

Mas cada título exibe RTP verificado, data de auditoria e texto de regras em português simplificado. Esse novo padrão já se traduz em métricas de confiança. Uma pesquisa de opinião publicada pelo iGaming Brazil mostra que 78% dos usuários se sentem “mais seguros” jogando em sites regulados.

A SPA estima concluir a 2ª rodada de licenças até setembro de 2025, quando deve exigir que todos os sites estejam no domínio “bet.br” e completem a migração para o sistema nacional de monitoramento de apostas.