A 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) vai julgar, na quarta-feira, 10, doze atletas por suspeita de manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Eles foram suspensos na última terça, 1, preventivamente pelo presidente em exercício do STJD, Felipe Bevilacqua.
A denúncia da Procuradoria do STJD teve como base as provas colhidas pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima.
Além disso, todos se tornaram réus na Justiça de Goiás.
Lista dos atletas denunciados
Segue a lista dos atletas suspensos e os artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que cada um foi denunciado:
- Bryan, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico Paranaense-PR; artigos 191, III inciso, e 243;
- Nino Paraíba, atleta do Paysandu-PA; artigos 191, III inciso, e 243;
- Diego, atleta do Desportivo Aliança-AL; artigos 191, III, 242, parágrafo único, e 243
- Alef Manga, atleta do Coritiba-PR; artigos 191, III inciso, e 243;
- Vitor Mendes, atleta do Atlético Mineiro-MG; artigos 191, III inciso, 184 e 243;
- Sávio Alves, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Goiás-GO; artigos 191, III inciso, e 243;
- Pedrinho, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Athletico Paranaense-PR; artigos 191, III inciso, e 243;
- Sidcley, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Cuiabá-MT; artigos 191, III inciso, e 243;
- Thonny Anderson, atleta do ABC-RN; artigos 191, III inciso, 242 e 184;
- Jesús, atleta profissional que teve como último clube no Brasil o Coritiba-PR; artigos 191, III inciso, e 243;
- Dadá Belmonte, atleta do América-MG; artigos 191, III inciso, 184 e 243;
- Igor Cárius, atleta do Sport-PE; artigos 191, III inciso, e 243.
Escândalo de manipulação de resultados
Nos últimos meses, a imprensa esportiva foi tomada por denúncias de envolvimentos de atletas em esquemas de manipulação de resultados em campeonatos estaduais e das Séries A e B 2022, para favorecer apostadores.

Essas denúncias são resultados da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
A investigação surgiu em fevereiro, a partir de uma denúncia feita pelo presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Para o MP-GO, clubes e casas de apostas esportivas são apontados como vítimas do esquema.
Criminosos aliciavam jogadores profissionais para realizarem determinadas ações, em momentos específicos dos jogos, como cometer pênaltis ou tomar cartões em troca de recompensas financeiras. Os pagamentos variavam de R$ 30 mil até R$ 150 mil.